
Fazer estrago na vida, no emocional, na saúde e trabalho do outro.
Depois agir como se nada tivesse acontecido.
Talvez, uma palavra mencionando perdão em algum momento.
Tudo para continuar, vida que segue.
Tudo pode acontecer novamente, num ciclo de violência que não cogita a mudança de atitude, que não trabalha com a possibilidade de estar lidando com a vida humana.
E o máximo de possibilidades é que tudo se repita, massacrando a existência, a saúde, a vontade de viver.
Diagnósticos alheios, nada mais, nada menos.
E caso não se enfrente a vida com o mesmo ânimo, claro, a culpa é de quem não perdoa, de quem guarda rancor, de quem não sabe continuar confiando.
Rótulos de ressentidos, é tudo o que nos resta caso nos levantemos em denúncia, caso tenhamos o trabalho de trazer à tona a sujeira das relações manipuladas por um sistema que se diz baseado no perdão, porém cujo símbolo é um sacrifício humano – deveria acender algumas luzes de alerta, não deveria?
Angela Natel
Foto na exposição “O homem do Sudário”, em Curitiba – 2011.
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