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    Escritora, professora, linguista e teóloga, há vinte anos envolvida no trabalho voluntário de produção de material e ensino. Licenciada em Letras - Português-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Bacharel em Teologia pela Faculdade Fidelis, Curitiba/PR. Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Doutoranda em Teologia Exegese e interpretação da Bíblia) pela PUCPR. Cursos e publicações disponíveis: https://linktr.ee/angelanatel Endereço para correspondência: Caixa Postal 21030 Curitiba - PR 81720-981 Produção disponível em https://independent.academia.edu/AngelaNatel Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7903250329441047

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“Eu sei o que é melhor pra você”

“Um ponto em comum que instituições de controle têm é o intento da retirada da autonomia.
“Eu sei o que é melhor pra você” pode vir tanto do poder familiar, parental, quanto de certos aparatos psiquiátricos, punitivos.
A colonialidade sempre opera em nome do bem.
Costumo dizer que o cidadão de bem, convicto de sua missão, busca impor ao mundo sua perspectiva e com isso violenta, agride, submete. O “eu sei o que é melhor pra vocês” aparece também na macro política colonial que reivindica pra si um papel de levar a democracia, a segurança, a proteção a contextos que explora.
A tutela é a base da política salvacionista, racista, lgbtfóbica e misógina.
Mesmo em contextos em que há uma especial e severa redução da possibilidade de agência, ainda assim (e principalmente aí!) é fundamental que as pessoas em sofrimento sejam escutadas. Que nas ações de redução de danos seus discursos sejam acolhidos e que lembremos que ninguém sabe mais de si que a própria pessoa.
Precisamos desapegar do papel salvacionista, seja como namorades, familiares, seja como profissionais da saúde. O que podemos fazer é amparar, facilitar processos de acolhimento, sem nos convencermos de que realmente sabemos o que é melhor pro outro.
“Parem de cuidar da vida alheia” alguns dizem, eu entendo o sentido, mas discordo. Precisamos sim cuidar, coletivamente, de nossas vidas, desde que cuidar não seja sinônimo de controlar.
A restrição da liberdade básica do ir e vir, do direito ao próprio corpo, da decisão sobre si mesmo é um efeito dos sistemas da monocultura: da monogamia como decisória da autonomia alheia; é a motivação da catequização, da igreja salvando de um pecado inventado; da prisão que promete segurança, mas só traz mais violência; do manicômio que apregoa curar violentando e aprisionando e por aí segue.
Nesse dia da luta antimanicomial, trabalhemos nossas normalopatias, nosso desejo pela ortopedia moral (como pontua Foucault) e nosso desejo de salvarmos ou sermos salvos.
O fortalecimento da autonomia coletiva é a base de todas as lutas anticolonais.”
Postagem de @genipapos

Dia 1/09 tem live com Geni Nuñez em meu canal no Youtube. Ative o lembrete para não perder: https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I

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