Complicado quando um manifesto contra “binariedade e patriarcal-hetero-cis-cristã-branca norma” defende que o texto de Gênesis 1, escrito por uma elite sacerdotal patriarcal do século V AEC sob domínio imperial persa se refere a uma Divindade sem gênero e a uma pessoa criada à sua semelhança, quando a noção de Divindade era corpórea, capaz de comer, beber, fazer sexo, etc, A Divindade desse grupo era tão masculino quanto todos os que tinham acesso a ele e o termo hebraico mal traduzido por imagem e semelhança é tselem (צֶלֶם) – no sentido de estátua viva da Divindade.
Complicado lutar contra uma norma nos parâmetros dessa norma, repetindo dogmas religiosos e utilizando textos antigos fora do seu contexto da mesma maneira que os monoteísmos (as monoculturas em torno da patriarcal-hetero-cis-cristã-branca norma).
No fim das contas, até ateu age como religioso quando o assunto é anacronismo.
No fim das contas, até quem luta contra as monoculturas se serve delas sob outras roupagens porque não se está disposto a pesquisar com profundidade e muito menos valorizar o serviço de quem pesquisa na área em vez de sair repetindo qualquer coisa que lê por aí tendo a si mesmo como referência.
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