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    Escritora, professora, linguista e teóloga, há vinte anos envolvida no trabalho voluntário de produção de material e ensino. Licenciada em Letras - Português-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Bacharel em Teologia pela Faculdade Fidelis, Curitiba/PR. Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Doutoranda em Teologia Exegese e interpretação da Bíblia) pela PUCPR. Cursos e publicações disponíveis: https://linktr.ee/angelanatel Endereço para correspondência: Caixa Postal 21030 Curitiba - PR 81720-981 Produção disponível em https://independent.academia.edu/AngelaNatel Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7903250329441047

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Origens das noções de culpa, pecado e perdão: o desbatismo como quitação das dívidas emocionais

“Segundo a tradição cristã, todas as pessoas já chegariam ao mundo pecadoras, herança recebida de Eva.
Essa dívida teria sido paga por Jesus, que com seu sangue e sacrifício teria nos comprado.
Ao quitar essa dívida, melhor dizendo, ao renegociá-la, instaura-se uma outra ainda maior, agora com aquele que pagou o débito anterior. Essa quitação não vem de graça, pelo contrário. Uma vez comprados, teríamos perdido o direito a nós mesmos, (já não sois propriedade de si mesmos; fostes comprados e pagos, I Corintios 6:19). Esse amor incondicional é, paradoxalmente, o que mais coloca condições.
No cristianismo, o amor ao pecador, é um amor de transição. No trajeto em que deixa de ser pecadora e se arrepende é que a pessoa é amada.
Nessa etapa se usa uma pedagogia em duas vias: promessas de coisas massa que acontecerão se o pecador se arrepender e ameaças do que acontecerá caso não se arrependa.
Há duas grandes categorias de pecado: os que não são para a morte (menos graves) e os pecados mortais, estes imperdoáveis. “A blasfêmia contra o Espírito são será perdoada, nem neste século nem no futuro” (Mateus, 12:31). Se o principal mandamento do cristianismo é amar a esse deus sobre todas as coisas, o simples fato de nele não crer já é uma blasfêmia.
É uma ideologia que demoniza todos que nela não creem.
Esse deus ama o pecador (que se arrepende), é sobre conversão, cura do que não é doença.
A partir do momento que o pecador se afirma reincidindo em seu pecado grave, ele deixa de ser amado e passa a ser odiado, condenado ao inferno. Na lista de quem não entraria no céu, essa moral equipara ser um assassino com ser adúltero, ser assassino com se prostituir.
É por isso que, como nos ensina Nietzsche, precisamos transvalorar os valores. Antes de cumpri-los ou não, questionarmos sua base ética.
Aceitar o perdão antes dos perguntarmos sobre o que de fato estamos devendo é uma armadilha.
Me recuso a ser perdoada pelo que não fiz de errado, pois aceitar esse perdão seria assumir como verdade aquilo que não pactuo.
Se o batismo limpa os pecados, o desbatismo nos limpa da culpa inventada.”
Geni Núñez – @genipapos

Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube:

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