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    Escritora, professora, linguista e teóloga, há vinte anos envolvida no trabalho voluntário de produção de material e ensino. Licenciada em Letras - Português-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Bacharel em Teologia pela Faculdade Fidelis, Curitiba/PR. Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Doutoranda em Teologia Exegese e interpretação da Bíblia) pela PUCPR. Cursos e publicações disponíveis: https://linktr.ee/angelanatel Endereço para correspondência: Caixa Postal 21030 Curitiba - PR 81720-981 Produção disponível em https://independent.academia.edu/AngelaNatel Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7903250329441047

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Repensando o desejo de querer convencer quem nos oprime

Se esperarmos um consenso amplo a respeito de nosso valor e dignidade em um mundo que nos odeia, ficaremos em eterna e frustrante espera.

Um grupo muito pequeno de pessoas preenche todos os múltiplos critérios do padrão exigido. E mesmo quem faz parte desse grupo seleto, apesar dos privilégios, ainda sabe que estar alinhado a isso não garantirá uma real escuta de suas singularidades, nem que os laços sejam generosos, leais, amorosos e afins.

Se a maior parte do mundo não nos vê como pessoas inteiras, complexas, dignas de afeto e cuidado, que façamos nossas próprias redes de sustentação.

Quem só tem paz se houver consenso geral é a hegemonia, como diz Fanon, o sonho de dominar o mundo é o sonho branco, podemos e devemos sonhar além.

Se uma pequena comunidade nos vir e acolher nossa beleza, inteligência e encanto de maneira generosa, porque isso deve contar menos que o olhar colonial?

A qualidade dos vínculos não é, necessariamente, proporcional à sua quantidade.

A lógica reacionária e colonial é hegemônica, por isso majoritária. Inclusive usam esse argumento contra nós, ironizando e satirizando nossas demandas e modos de vida porque seríamos, supostamente, uma minoria demográfica (o que é falso).

Todos os grupos minorizados juntos somos a maioria do mundo.

Para além disso, se a maioria acredita nas monoculturas e em sua mitologia de gênero e veem apenas homem ou mulher, azul ou rosa, masculino ou feminino, isso não significa que sua visão seja menos distorcida só porque é a majoritária.

Quem acha ridículo falar “garote” morre de medo de ver seu folclore desmantelado, tem tanta fé num valor moral das letras que precisa fazer chacota de quem não acredita na fixidez que sustenta seu edifício de gênero.

Se precisamos de amparo, de afeto, colo, escuta e se não os temos na família cristã heteromonogâmica, que fortaleçamos nossas comunidades para não mais ficarmos refém da chantagem parental.

Fortalecer nossas comunidades e nossos territórios é muito mais poderoso que investirmos energia em nos humilharmos para quem nos odeia. É justamente quando nos fortalecemos que possivelmente somos vistos como pessoas.

São os laços que nos sustentam no mundo.

Geni Nuñez – @genipapos no Instagram

Assista a live “Descatequizar para Descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal do Youtube (Angela Natel), na playlist “Só lives” – acesse o canal pelo link – https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2115s

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