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    Escritora, professora, linguista e teóloga, há vinte anos envolvida no trabalho voluntário de produção de material e ensino. Licenciada em Letras - Português-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Bacharel em Teologia pela Faculdade Fidelis, Curitiba/PR. Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Doutoranda em Teologia Exegese e interpretação da Bíblia) pela PUCPR. Cursos e publicações disponíveis: https://linktr.ee/angelanatel Endereço para correspondência: Caixa Postal 21030 Curitiba - PR 81720-981 Produção disponível em https://independent.academia.edu/AngelaNatel Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7903250329441047

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A importância da criação de expectativas (inclusive frustradas).

Há quem diga que o certo seria nunca criarmos expectativas, pois assim evitaríamos decepções.
Essa evitação, para alguns, seria uma forma de não frustrar outras pessoas; para outros, uma forma de tentar não desapontar a si mesmo.
O fato é que não há como viver tentando ser imune à própria vida e nesse sentido criar expectativas pode ser uma forma de nos vincularmos à existência.
Expectativas não são importantes apenas quando são correspondidas, mas também quando malogram.
Evitar frustrar a expectativa alheia a qualquer custo pode ter um alto custo para nossa saúde e dignidade.
Querer parecer sempre bonzinho e perfeito aos olhos não nos garante vínculos sólidos. Pelo contrário, é na frustração dos ideais que verificamos de fato a consistência de uma relação.
Permitir que outras pessoas se frustrem conosco também pode ser uma forma de não subestimá-las, “amar alguém tem sempre um certo risco”, como diz Marisa Monte.
Se, em alguns quadros depressivos, há uma dificuldade de se desejar, esperar o amanhã, de arriscar movimentos e ações, é no exercício da criação de expectativas que podemos fortalecer nosso laço com a vida.
Nesse sentido, até mesmo nossas expectativas frustradas podem ser algo a ser celebrado: são indícios de que pelo menos a energia de desejar algo foi mobilizada.
Se torcemos para que faça sol, para que o sabor da mordida na fruta seja gostoso, para que a música chegue na nossa parte preferida, é porque algo nos movimentou.
E essa expectativa pode ser de um tamanho que a gente dê conta de carregar, não precisa ser para sempre a mesma música, nem a mesma fruta, nem o mesmo sol, a mesma relação ou o mesmo trabalho.
Que em vez de nos blindarmos de quaisquer expectativas, tenhamos rede, colo e amparo para vivê-las.
Talvez menos do que almejar não ter nenhuma expectativa, podemos elaborar quais potencializam ou não nossa vida.
Lembrando sempre que é massificado fere nossa singularidade, por isso desconfiemos das expectativas enlatadas que nos ofertam, elas são promessas saturadas. Que construamos as nossas próprias, artesanalmente.

Geni Nuñez – @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) –
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s

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