
Vivian Rubianti-a primeira mulher trans a fazer a cirurgia de transgenitalização e mudar legalmente os documentos na Indonésia
Vivian Rubianti Iskandar nasceu em 1 de janeiro de 1944, ela foi a primeira pessoa trans a fazer a cirurgia de transgenitalização e a primeira pessoa trans a ser legalmente reconhecido pelos tribunais indonésios pela sua identidade de gênero
Nascida em 1 de janeiro de 1944, filha Khan Kiom Lee e Auw Roontji Nio, ela foi a segunda filha do casal, na qual desde criança ela gostava de dançar balé, se maquiar e etc.
Ela optou por mudar a cidadania da antiga República Popular da China para a Indonésia. Vivian Rubianti também seguiu os passos de outros chineses que mudaram de nacionalidade: mudaram de nome.
Devido ao tratado de dupla nacionalidade Sino-Indonésia, ela renunciou à sua nacionalidade chinesa e nome de nascimento em favor de uma identidade indonésia.
Vivian possuía um salão de beleza e novos de seus apreendizes se tornariam nomes conhecidos na indústria de beleza indonésias
Em 1971, ela interpretou uma bandida no filme indonésio “Jang Djatuh Dikaki Lelaki” e interpretou ela mesma no filme indonésio “Akulá Vivian”
Em janeiro de 1973, Vivian passou pela cirurgia de transgenitalização no Hospital Kandong Kerlau em Cingapura. Em 8 de maio de 1973, ela partiu para Cingapura com um ex passaporte da República da Indonésia, como prova de que ela foi operada ela recebeu uma carta da Declaração do prof 55 Ratnam datado de 28 de Junho de 1973, cujo documento afirmava que ela visitou Cingapura muitas vezes para ser observada por médicos especialistas, incluindo psiquiatras
A embaixada da Indonésia em Cingapura revogou o passaporte dela após fazer a cirurgia de transgenitalização, com isso o desejo dela de optar o passaporte não foi mais possível, no entanto ela ainda conseguiu retornar a Indonésia, em vez disso a embaixada emitiu um certificado de emergência que é válido apenas por um dia, o que possibilitou que pudesse voltar de Cingapura pra Indonésia.
Depois que ela voltou para a Indonésia e pediu ao Tribunal Distrital de Jacarta Ocidental a mudança legal dos documentos. Isso apesar do fato de que até então não havia nenhuma lei indonesia relativo a mudança legal de gênero para indivíduos transgêneros. Seu advogado Adnam Buying Nasution argumentou que a ausência de tal lei não restringia seu direito de buscar essa reparação
O Juíz determinou que para que a Vivian Rubianti pudesse mudar os documentos, ela precisava de uma testemunha e um aval religioso de um líder cristão e um líder muçulmano
Uma notável testemunha especialista em seu caso foi o teólogo e revendo Eka Davnaputeta, que argumentou que “de acordo com a fé cristã, Deus (queria) que os seres humanos fossem felizes em suas (vidas)”
O estudioso islâmico Buya Hamka também testemunhou em apoio a Vivian Rubianti dizendo que “(seu desejo de fazer a transição) não é contrário à lei de Alá, mas de acordo com os ensinamentos do islã, que sustentam que os avanços da ciência da humanidade devem ser usado para melhorar a vida dos seres humanos”
Como resultado das testemunhas, o juiz presidente concedeu a petição de Vivian Rubianti, e ela foi legalmente reconhecida pelo estado indonésio como mulher.
Em 1973, ele testemunhou em apoio à petição de Vivian Rubianti Iskandar perante o Tribunal. Em algum momento da década, Vivian Rubianti se tornou a dona da boutique de Sapatos Vivian no Shopping Hios Rios Cikini.
Em 1975, ela se casou com Félix Rumayar em Jacarta, solenizada sob os ritos da igreja católica. Seu casamento contou com a presença de várias pessoas notáveis notáveis, incluindo o então governador de Jacarta Ali Sadikin.
Vivian desistiu de seu salão de beleza começou a trabalhar como vendedora da vida cosmetics em Yogyakarta. Seu casamento com Rumayar acabou fracassando, e ela decidiu imigrar para Austrália.
Em 1977, foi lançado um filme sobre sua vida, na qual ela interpreta ela mesma chamado “Akulah Vivian”. Ben Murtagh, em sua análise do filme, argumentou que a Vivian Rubianti não se via como parte da comunidade Waria, como são chamadas as pessoas transgêneros na Indonésia.
O caso da Vivian Rubianti se tornou um marco na jurisprudência da Indonésia, sendo citado em decisões futuras semelhantes em relação ao direito das pessoas trans na Indonésia de mudar os documentos
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